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Após 3 altas seguidas, produção industrial cai 1,2% em novembro

Após três meses seguidos de alta, a produção industrial brasileira caiu 1,2% em novembro, na comparação com outubro, segundo divulgou nesta quinta-feira (9) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Trata-se do maior recuo mensal desde março (-1,4%) e o pior novembro desde 2015, quando a indústria caiu 1,9%.

Em relação ao resultado de novembro do ano anterior, a queda foi de 1,7%, interrompendo dois meses de resultados positivos nesta base de comparação e indicando que a indústria brasileira ainda enfrenta dificuldades para engrenar uma trajetória de recuperação.

Ano no vermelho

No acumulado no ano, o setor industrial tem queda de 1,1%. Em 12 meses, a produção manteve recuo de 1,3%, repetindo os resultados de setembro e de outubro.

Com a perda de ritmo em novembro, o índice de média móvel trimestral ficou negativo (-0,1%) e interrompeu a trajetória ascendente iniciada em julho.

De acordo com o gerente da pesquisa, André Macedo, os resultados de novembro interromperam a recuperação que o setor vinha apresentando na comparação com o ano anterior. “Olhando a sequência de resultados positivos até outubro, o setor estava em um patamar superior ao de 2018. Com a entrada de novembro, foi para um patamar abaixo”, disse. Segundo ele, a produção industrial ficou 0,8% abaixo do que registrava em dezembro de 2018.

Atividades que mais caíram

A queda de novembro foi generalizada. Segundo o IBGE, 16 dos 26 ramos pesquisados registraram recuo na produção em novembro.

As principais quedas foram registradas nos segmentos de veículos automotores (-4,4%), produtos alimentícios (-3,3%) e indústrias extrativas (-1,7%).

No ramo de produtos alimentícios, a queda de 3,3%, eliminou quase toda a expansão verificada no mês anterior (3,6%). “O crescimento vinha sendo alavancado pelo aumento nas exportações de carne e da produção de açúcar.

A carne continua em expansão, mas o açúcar tem uma volatilidade maior, tanto por conta de condições climáticas quanto em função da demanda por etanol, que também é produto da cana-de-açúcar”, explicou o gerente da pesquisa, André Macedo.

O pesquisador explicou ainda que é comum a produção de automóveis subir nos meses de setembro e cair no final do ano, por conta das férias coletivas.

“Para além do peso que o setor automobilístico tem no segmento industrial, ele se relaciona com outros setores importantes da indústria, ou seja, traz a reboque a produção de outros segmentos”, disse.

Levantamento divulgado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) apontou para uma queda de 3,9% na produção de veículos em dezembro.

Já entre os ramos que conseguiram ampliar a produção em novembro, destaque para coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,6%), impressão e reprodução de gravações (24,0%) e produtos de borracha e de material plástico (2,5%).

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