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São Paulo dará créditos no Bilhete Único para quem anda de bike

  • Automotive Business
  • 17 de jun.
  • 3 min de leitura

Programa Bike SP, previsto em lei desde 2016, vai estudar se a remuneração estimula o uso desse modo de deslocamento


Fonte: Automotive Business


Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Fundação Getulio Vargas (FGV) estão cadastrando ciclistas interessados em participar de um projeto pioneiro em São Paulo chamado “Bike SP”. Ele irá oferecer créditos no Bilhete Único a moradores da cidade que usarem a bicicleta em seus deslocamentos diários. O objetivo da pesquisa é descobrir se, remunerando os ciclistas, eles se sentirão estimulados a aumentar o uso da bike.


Qualquer pessoa maior de idade, moradora de São Paulo, que tenha Bilhete Único e uma bicicleta pode se inscrever para participar do piloto. O credenciamento está aberto e vai até o dia 30 de junho — interessados podem se cadastrar no site oficial. A expectativa é que mais de mil pessoas façam parte da pesquisa e os pesquisadores desejam obter um público diverso, com representantes de diferentes regiões da cidade.


Bike SP vai remunerar no Bilhete Único


Os selecionados serão informados por e-mail e já farão parte do período de testes, que começa em julho. Os primeiros créditos deverão ser depositados em agosto. Toda a dinâmica do programa será feita por meio do aplicativo Bike SP, disponível apenas para Android.


Os participantes irão cadastrar no app cinco endereços e também cinco estações de transporte público (sejam elas de metrô, trem ou terminais rodoviários) entre os quais vai se deslocar. Por exemplo, é possível cadastrar o endereço de casa, do trabalho, da faculdade e das estações nas proximidades. Dessa forma, a viagem de bicicleta de casa até a estação de metrô A, e depois da estação de metrô B até o trabalho, serão contabilizadas para o programa.


A remuneração só será feita se a viagem for para esses destinos pré-cadastrados, mas os endereços poderão ser alterados a cada sete dias. Há outras regras: a viagem também só será recompensada se for acima de 1 km e cada percurso não poderá ultrapassar a distância de 8 km. A partir disso, o usuário não vai receber “a mais” por quilometragem rodada. Por fim, o programa apenas irá remunerar duas viagens de bicicleta por dia.


Por meio de uma integração do aplicativo com o sistema da SPTrans, a remuneração será transferida diretamente para o Bilhete Único. Para usar os créditos, o participante terá de fazer a recarga nas máquinas instaladas dentro dos ônibus e nas estações de transporte público.


Para evitar abuso das regras, o programa só irá considerar os trajetos feitos pelos percursos mais eficientes — um programa de inteligência artificial irá monitorar as viagens e conseguirá detectar os desvios. Além disso, a IA também conseguirá saber se a viagem foi feita de outra forma que não usando a bicicleta.


Mapeamento da mobilidade via bikes


A ideia dos pesquisadores é, a partir dos endereços cadastrados e das rotas realizadas, obter um raio-x de como os ciclistas circulam na cidade, quais são as rotas mais usadas e se há trechos que são evitados. Esse tipo de mapeamento ainda não existe na cidade.


O programa Bike SP está previsto em lei desde 2016, quando foi sancionado pelo então prefeito Fernando Haddad (PT), e prevê a concessão de créditos de mobilidade para os usuários do Bilhete Único com o objetivo de fomentar uma “cultura cicloviária” em São Paulo. Mas, por falta de regulamentação, a iniciativa nunca foi colocada em prática. Hoje, apenas 1,14% das viagens em São Paulo são feitas com bicicletas.





 
 
 

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