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Mais empregos com salários mais baixos

Num período marcado pela lenta recuperação do ritmo da atividade, o aumento das contratações com carteira assinada em setembro contribui para a confiança na economia. É um bom sinal, que seria ainda melhor se o salário médio de admissão de R$ 1.516,89 não tivesse registrado queda real de 0,93% em relação a agosto.

Com a abertura de 137,3 mil vagas formais, setembro de 2018 foi o melhor setembro em cinco anos, confirmando a tendência de recuperação do emprego. Nos primeiros nove meses do ano, foram abertos 719 mil postos, menos de uma quarta parte dos 2,9 milhões de vagas fechadas entre 2014 e 2017. A retomada precisará ganhar tração para o retorno a dias bons para o emprego formal. Ainda assim, os números do Ministério do Trabalho têm vários aspectos positivos.

A geração de vagas foi generalizada. Liderados pelo setor de serviços, que contratou 60.961 pessoas, em parte para atender à demanda do fim de ano, sete dos oito segmentos analisados abriram vagas em setembro, com a exceção da agropecuária, afetada pela sazonalidade. Nos primeiros três trimestres do ano, o setor de serviços contratou 436.865 pessoas – mais de 60% dos postos abertos no período.

A indústria de transformação abriu 37.449 vagas em setembro e 136.271 vagas neste ano. Também significativo foi o saldo líquido de contratações da agropecuária de 86.051 postos no ano, alta de 5,52% em relação a igual período do ano passado. Porcentualmente, foi o melhor resultado entre todos os setores analisados pelo governo.

Depois de um longo período de enxugamento, até a construção civil contratou 12.481 empregados em setembro e 80.135 neste ano – neste caso, com avanço de 3,99% em relação ao ano passado.

A recuperação do emprego foi registrada em todo o País, sendo mais forte no Nordeste e, em especial, nos Estados de Alagoas, Pernambuco e Sergipe. Mas nos primeiros nove meses do ano, comparativamente a igual período de 2017, destacou-se a recuperação na Região Centro-Oeste, indicando o vigor do agronegócio.

Os números positivos ainda não permitem prever um recuo mais expressivo do desemprego em geral, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para isso serão necessárias indicações mais fortes da retomada econômica.

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