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Placa do Mercosul tem 450 mi de combinações

As novas placas do padrão Mercosul para automóveis, obrigatórias no país desde o último dia 31, permitem mais de 450 milhões de combinações diferentes, 160% mais que o modelo anterior.

Para ser mais exato, são 456.976.000 placas possíveis com o novo sistema, que padroniza as especificações de segurança e exige sete dígitos. No caso de Brasil e Argentina, países com frota maior, além do Paraguai, serão quatro letras e três algarismos, ampliando a possibilidade de combinações diferentes.

É uma questão de análise combinatória simples: para cada uma das quatro letras da placa, há 26 opções no alfabeto (de A a Z). Para cada um dos três espaços para números, há 10 possíveis algarismos (de 0 a 9). São, portanto, 26 opções vezes 26 opções vezes 26 opções vezes 26 opções vezes 10 opções vezes 10 opções vezes 10 opções. O que dá 456.976.000 combinações.

Isso é 2,6 vezes o total de opções do sistema anterior, que tinha uma letra a menos e um número a mais (portanto26x26x26x10x10x10x 10). No sistema anterior, há 175.760.000 placas possíveis.

Ficou estabelecido que, para evitar erros de leitura e obstruções burocráticas (como a mesma combinação ser solicitada em duas nações), cada país precisa ter alternância distinta entre letras e números.

Como o Paraguai ficou com LLLL NNN, o Brasil não pôde usar esse sequenciamento, tendo que escolher outro —LLL NLNN. Na Argentina, o padrão é LL NNN LL. Já o Uruguai, dono de uma frota menor e primeiro a implementar a placa, adota três letras e quatro números (LLL NNNN, como era no Brasil). E a Bolívia, embora tenha aderido aos sete dígitos, preferiu duas letras e cinco números, LL NNNNN.

Segundo o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), a frota brasileira hoje é de 104.784.375 veículos —mais da metade, 54%, é automóvel, e 22% é motocicleta (há ainda caminhões, ônibus, ciclomotores e outras categorias).

A nova placa passou a ser obrigatória desde o último dia 31 para todos os veículos novos, que recebam emplacamento ou cujo registro troque de município. A mudança serve se o veículo mudar de categoria ou se a placa for roubada, furtada ou estiver danificada. Motoristas fora desses casos não precisam mudar a chapa do veículo, mas podem fazê-lo se assim quiserem. As placas do Mercosul serão aplicadas nos cinco países do bloco —Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela.

As chapas possuem fundo branco e sete caracteres, quatro letras e três números. Há uma tarja superior azul, com a bandeira e o nome do país onde o veículo está registrado.

A placa já era obrigatória em alguns estados, como o Rio (o primeiro a adotá-la). Agora, passa a valer em todo o país.

Com o novo padrão, o emplacamento deixa de ser responsabilidade dos Detrans. Não há um preço fixo estabelecido para o emplacamento, cada empresa pode determinar o valor. O Detran de São Paulo, no entanto, fez pesquisa de preços e sugere que o emplacamento de carros, ônibus e caminhões custe R$ 138,24, e o de motos, R$ 114,86.

Os lacres foram substituídos por um código QR (espécie de código de barras), que ao ser escaneado fornece informações sobre o veículo, como o modelo, o ano de fabricação e o número do chassi.

O Uruguai usa o sistema desde março de 2015; a Argentina, desde abril de 2016; e o Paraguai, desde julho de 2019.

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