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A persistência do impacto da pandemia

Este ano está sendo menos ruim do que 2020, mas, para alguns segmentos da economia, crescer e voltar a ter ganhos para acelerar a expansão de suas atividades ainda significa pouco mais do que esperança.


Sobreviver à crise continua sendo a meta central. As perdas foram pesadas no ano passado para os segmentos do comércio e dos serviços mais afetados pela pandemia e pelas medidas de restrição que ela impôs a todos - pessoas, empresas, governos. Para alguns, 2021 deve ser mais um ano de resultados negativos.


Levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) contabilizou perdas de R$ 225,7 bilhões nos setores de turismo, serviços, comércio de veículos e varejo não essencial em todo o País. Segundo a FecomercioSP, esse valor é mais do que países como Sérvia e Tunísia produzem em um ano.


O faturamento do turismo diminuiu R$ 52,1 bilhões entre 2019 e 2020. A quebra foi de 38,1%. Foi um dos piores resultados da história. Em valor, a perda mais notável foi a do setor de serviços, cujo faturamento caiu 11,7%, o equivalente a uma redução de quase R$ 100 bilhões entre 2019 e 2020.


Alguns segmentos do comércio e de serviços alcançaram resultado positivo no ano passado. É o caso do varejo em geral, que registrou aumento de 4,8%, ou cerca de R$ 83 bilhões. O resultado foi puxado pelas atividades consideradas essenciais, como supermercados, farmácias, lojas de materiais de construção e postos de combustíveis.


O faturamento conjunto desses segmentos aumentou 8,2% em relação ao de 2019, o equivalente a R$ 115,7 bilhões.


A FecomercioSP atribui esse aumento ao auxílio emergencial, que beneficiou as famílias de baixa renda no ano passado e voltou a ser pago, com novos critérios e com valor mais baixo, em abril deste ano. Boa parte desses recursos foi direcionada para o consumo de bens essenciais.


Mas parte do comércio, como concessionárias de veículos e varejo não essencial, bem como serviços, talvez não consiga evitar perdas também neste ano, ainda que outros segmentos da economia estejam retomando o crescimento - que será lento.


O faturamento do turismo em março, por exemplo, foi 17,6% menor do que o de um ano antes. A projeção para o ano é de redução de 5%.


Veículo: O ESTADO DE S. PAULO Editoria: ECONOMIA E NEGÓCIOS Tipo notícia: Editorial Data: 21/05/2021

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