Afinal, por que as locadoras incentivam o uso de etanol?
Locadora estimula uso do etanol
Com a modernização dos motores a combustão no Brasil, os veículos flex passaram a dominar o mercado desde que se tornaram mais populares, a partir do início dos anos 2000.
Desde então, abastecer esses carros com álcool (etanol) ou gasolina passou a ser indiferente para o funcionamento dos propulsores, afinal o sistema flex foi criado justamente para não haver divergências quanto ao tipo de combustível utilizado.
Porém, não foi só a engenharia automotiva que avançou nos últimos anos, e outros estudos, pelos quais se baseiam as montadoras, apontam que a utilização do etanol é menos poluente.
Tal dado, faz com que as principais montadoras do país, indiquem o uso do etanol ao invés da gasolina, em veículos flex.
Etanol é mais sustentável segundo levantamentos (Foto: Proteste)
Etanol sim, gasolina não
Segundo a União da Indústria de Cana de Açúcar (Unica), o etanol brasileiro emite até 90% menos dióxido de carbono (CO2) do que a gasolina.
Essa realidade faz com que empresas detentoras de frotas, cada vez mais preocupadas com a questão ambiental, voltem suas atitudes em prol da transição para uma economia de baixo carbono.
É o caso da empresa de aluguel de carros Movida, que utiliza o álcool em 87% dos abastecimentos internos da companhia.
Segundo a companhia, no segmento de aluguel de carros, 47,89% das distâncias percorridas em 2022 utilizaram o combustível de origem vegetal, segundo pesquisa realizada com os clientes.
O índice é superior à média nacional, já que a participação do álcool hidratado, disponível nas bombas de abastecimento, foi de 20,16% no acumulado do ano passado, conforme apurado pela Unica com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Bicombustíveis (ANP).
De acordo com a Movida, a preferência por etanol ao invés de gasolina pelos usuários em 2022 trouxe uma redução de mais de 38.041,46 toneladas de CO2.
”Além de ser menos poluente em relação à gasolina, o etanol brasileiro também é mais ecoeficiente do que o importado, extraído do milho, e uma alternativa viável para quem ainda não tem acesso aos carros elétricos”, explica Pedro Telles, gerente de Sustentabilidade da Movida.