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Os veículos sustentáveis

As montadoras já entraram na Era dos veículos sustentáveis. Essa atitude não tem volta e ganhará espaço a cada ano. Veja quais são as ações da DAF, Iveco, Mercedes--Benz, Scania, Volvo e Volkswagen Caminhões e Ônibus.


Mundialmente, a DAF está na vanguarda do desenvolvimento e venda de caminhões totalmente elétricos.


Além disso, um modelo híbrido já está em teste de campo, assim como os caminhões com célula de combustível de hidrogênio. Atualmente, são dois modelos 100% elétricos, o DAF CF Electric e o DAF LF Electric, ambos com emissões zero. O CF Electric tem um alcance de mais de 200 quilômetros. Ao recarregar a bateria durante o intervalo do motorista, por exemplo, é possível dirigir até 500 quilômetros totalmente elétricos por dia. Já o DAF LF Electric tem um alcance de até 220 quilômetros com o caminhão totalmente carregado. Em fevereiro de 2020, A DAF Tru-cks começou os testes de campo do seu modelo híbrido com o objetivo de ganhar experiência no uso diário. O DAF CF Hybrid é 100% elétrico em áreas urbanas e usa tecnologia diesel limpa fora da cidade. O caminhão inovador combina o melhor dos dois mundos ao dirigir com emissões zero na cidade, garantindo longo alcance e flexibilidade fora das áreas urbanas.


O motor elétrico obtém sua energia de uma bateria, que recarrega quando o motor a diesel está sendo usado. Durante a operação a diesel, o motor elétrico funciona como um gerador e fornece energia para a bateria. Quando a bateria está totalmente carregada, o DAF CF Hybrid tem um alcance elétrico de 30 a 50 quilômetros, dependendo do peso total da combinação cami-nhão-reboque, que é mais do que suficiente para entrar e sair de áreas urbanas sem produzir quaisquer emissões do escapamento.


O DAF CF Electric é ideal para aplicações regionais de transporte e lixo; o DAF LF Electric é ideal para entrega local; e o DAF CF Hybrid é projetado para longa distância com a capacidade de operar também em cidades com requisitos de emissões zero.


Além disso, a Paccar está liderando a indústria no desenvolvimento movidos a célula de combustível de hidrogênio, e alguns modelos já estão em fase de testes de campo.


A DAF possui globalmente diversas tecnologias sustentáveis e limpas. No Brasil, a companhia ainda não oferece as tecnologias acima, mas está preparada para trazê-las ao mercado nacional, de acordo com a demanda do País.


A Iveco investe no desenvolvimento de tecnologias de propulsão com combustíveis alternativos e na implementação destes no mercado de transporte, principalmente no gás natural veicular para veículos de transporte de carga. Na Europa, a Iveco já comercializa veículos movidos a GNV e GNL (gás natural liquefeito - que melhora a densidade de armazenamento e, por consequência, a autonomia do veículo) nas gamas Daily, EuroCargo (equivalente ao nosso Tector), Hi-Road, Hi-Way e S-Way - a chamada linha Natural Power.


"Isso representa uma alternativa viável ao diesel proporcionando aos nossos clientes uma redução do custo geral da operação respeitando o meio ambiente", diz Márcio Querichelli, líder da Iveco na América do Sul.


Na América Latina a Iveco tem projetos com clientes e parceiros estratégicos como parte de um plano de localização da tecnologia. Na Argentina, a Iveco é a primeira montadora do país a ter o certificado de homologação para fabricar caminhões movidos a gás na- tural comprimido (GNC), com a licença (LCM - Model Configuration License) para o Tector 160E21. A nova configuração do produto oferece desempenho equivalente aos caminhões movidos a diesel, com menor emissão de gases poluentes e de ruído, e também terá uma redução de custos de até dois terços em relação aos modelos movidos a combustíveis fósseis.


O caminhão é o primeiro integrante da linha "Natural Power" a ser produzido no país sul-americano. Aversão 160E21 tem tração 4x2 e é impulsionada pelo motor NEF 6, ciclo OTTO da FPT Industrial, com 210 hp e 750 Nm de torque. O veículo possui seis tanques de GNC, cada um com 80 litros de volume, o que permite um alcance de aproximadamente 300 quilômetros de autonomia, oferecendo potência e um baixo nível de emissões gasosas e sonoras. "Recentemente, realizamos a maior venda do segmento no continente ao entregar 100 unidades do Stra-lis NP Cursor 13 de GNC (gás natural comprimido) para a NRG Argentina SA, fornecedora de areia de fratura para a indústria petrolífera, em especial na região de Vaca Muerta, próximo à Patagônia, onde está localizado um reservatório de petróleo e gás. Também vendemos para a empresa de transporte chilena San Gabriel 35 unidades do Stralis NP GNL (Gás Natural Liquefeito) 4x2 Euro VI, impulsionado pelo motor FPT Cursor 13, da FPT Industrial. A San Gabriel tem uma longa história no mercado chileno e atende empresas como a cervejaria AB InBev", comenta Márcio Querichelli.


Ele destaca também a parceria da Iveco com a Nikola Corporation, empresa que tem sede em Pho-enix, no Arizona, EUA. "O objetivo é acelerar a transformação da indústria em direção à neutralidade de emissão de caminhões pesados na América do Norte e Europa através da adoção da tecnologia de células de combustível. Os caminhões pesados de emissão zero da Nikola, alimentados por células proprietárias de hidrogênio e tecnologia de bateria, serão os primeiros a serem produzidos. As empresas começaram a desenvolver o primeiro caminhão da joint ven-ture: o NIKOLA TRE elétrico, baseado na nova plataforma de caminhões pesados da Iveco, usada no S-WAY, que integra tecnologia, controles, informações e entretenimento da NIKOLA".


No Brasil, a Iveco aposta muito no Gás Natural Veicular (GNV) como uma alternativa viável para a redução de poluentes e custo operacional no transporte de cargas e transporte público de pessoas. A marca enxerga um potencial muito elevado de introdução da tecnologia em aplicações urbanas, principalmente nas grandes capitais. Coleta de resíduos sólidos e entrega de mercadoria porta a porta representam as aplicações típicas da tecnologia GNV.


Dois pontos importantes para esse processo são a retomada do crescimento econômico do País, que irá permitir aos clientes investirem em produtos movidos a combustíveis e trações alternativas, e a aprovação do novo marco regulatório para o setor de gás, que está em apreciação no Senado Federal e proporcionará os avanços necessários para a formação de um mercado de gás natural aberto, dinâmico e competitivo.

Outro aspecto importante para viabilizar o GNV é o estreitamento das parcerias estratégicas necessárias para que uma nova tecnologia seja introduzida de forma economicamente viável em um local com grandes oportunidades como o Brasil. Isso não vale somente para o GNV, mas sim para qualquer nova tecnologia de propulsão que tenha impacto além do produto. O gás natural é um combustível "ambientalmente" superior ao diesel, por exemplo, o que garante a emissão de menos da metade de monóxido de carbono e de gás carbônico.


Destaque também para o biome-tano, que no ciclo completo (do poço a roda), praticamente zera a pegada de carbono do veículo e é uma excelente oportunidade para o agronegócio e veículos de coleta de resíduos.

Segundo Márcio Querichelli, sobre a parceria com a Nikola, no futuro a perspectiva é que a operação da Iveco no Brasil também seja beneficiada com o desenvolvimento de novos produtos em parceria com a Nikola, mas ainda é cedo para "cravar" uma data de quando teremos esses veículos rodando no País.


A Mercedes-Benz também já entrou na Era da sustentabilidade. Segundo o vice-Presidente de Vendas e Marketing Caminhões e ônibus da Mercedes-Benz do Brasil, Roberto Leoncini, recentemente, a DaimlerTrucks apresentou, na Alemanha, sua estratégia tecnológica de eletrificação de caminhões, solução de sustentabilidade que avança em todo o mundo. A companhia mostrou o caminhão conceito "Mercedes-Benz GenH2 Truck" com célula de combustível à base de hidrogênio, que alcança a fantástica autonomia de até 1.000 quilômetros ou mais, para transporte de longa distância. Esse caminhão será testado por clientes em 2023, com início da produção em série projetado para a segunda metade desta década. Graças ao uso de hidrogênio líquido, o desempenho do veículo está planejado para igualar o de caminhões equivalentes convencionais movidos a diesel.


A Daimler Trucks também apresentou o "Mercedes-Benz e Actros LongHaul", o Actros elétrico para longas distâncias movido a bateria, com autonomia de cerca de 500 quilômetros. Esse modelo deverá entrar em produção de série em 2024. Fechando a trinca de novidades, a companhia revelou o "Mercedes-Benz e Actros", caminhão elétrico para uso urbano pesado, com autonomia acima de 200 quilômetros. Este modelo Actros deverá entrar em produção de série em 2021.


Roberto Leoncini salienta que "assim como avança paulatinamente em alguns países, o uso desses caminhões naturalmente vai acontecer no Brasil. No entanto, isso só acontecerá em larga escala quando essa tecnologia for viável do ponto de vista tecnológico, econômico, estrutural e viável para nossos clientes diante da realidade do mercado brasileiro." Enquanto isso, para o Brasil, a Mercedes-Benz acredita em multisoluções para a redução de emissões e a sustentabilidade ambiental. O Grupo Daimler detém várias tecnologias alternativas ao uso do diesel fóssil, como o Biodiesel HVO, Híbrido, células de combustível e elétricos, já em operação regular em vários mercados.


Roberto Leoncini reforça que "com infraestrutura adequada e custos operacionais compatíveis para os nossos clientes no mercado brasileiro, essas soluções podem ser trazidas para operação no Pais por meio da marca Mercedes-Benz. Quando isso ocorrer, estaremos ao lado do cliente, como sempre fizemos, para entregar soluções confiáveis, eficientes e rentáveis. E que também contribuam com o ecossistema do transporte responsável, visando à sustentabilidade para os usuários do transporte, a população, o meio ambiente e a sociedade como um todo.".


MAIS OPÇÕES Depois de dois anos de testes no desenvolvimento de uma tecnologia pioneira na América Latina, a Ambev e a VW Caminhões e Ônibus oficializaram entregar 100 primeiros caminhões elétricos e-Delivery. A partir do segundo semestre de 2021, os veículos distribuirão as bebidas da Ambev utilizando energia totalmente limpa pelas ruas de São Paulo e Rio de Janeiro. O acordo faz parte do compromisso da companhia de ter 1.600 caminhões Volkswagen elétricos na sua frota parceira até 2023, um dos maiores anúncios do tipo no mundo.


O protótipo do primeiro caminhão leve 100% elétrico movido a energia limpa da América Latina apresentou excelentes resultados após o e-Delivery rodar 30 mil quilômetros em testes de engenharia e em condições reais de operação na cidade de São Paulo. Nesse período, mais de 22 toneladas CO2 deixaram de ser emitidas e 6,5 mil litros de diesel foram economizados.


Agora, o e-Delivery começa a ser produzido em grande escala no Centro de Desenvolvimento e Produção da VW Caminhões e Ônibus em Resende (RJ). O caminhão elétrico é recarregado com 100% de energia vinda de fontes limpas, como eólica, solar e 43% que provém do próprio sistema regenerativo de freios do veículo. O plano é que os veículos sejam recarregados em uma das 48 usinas solares que a Ambev está implementando nos seus Centros de Distribuição (CDDs) espalhados pelo Brasil.


"Comprovamos que novas fontes de energia por meio de soluções viáveis e concretas já se tornaram realidade com a chegada do e-De-livery, que foi testado e aprovado com excelentes resultados nas ruas de São Paulo, uma das maiores capitais do mundo. Essa iniciativa entra para a história da indústria automotiva mundial, pois somamos forças para viabilizar a produção dos primeiros caminhões elétricos desenvolvidos e feitos no Brasil", celebra Roberto Cortes, presidente e CEO da VW Caminhões e ônibus.


Já no primeiro ano de atuação, esses 100 caminhões juntos deixarão de emitir, aproximadamente, 1.540 toneladas de CO2 na atmosfera e 583 mil litros de diesel serão economizados.


"A parceria é um marco histórico para ambas as empresas: além de ser um dos maiores acordos do mundo, a inovação está sendo desenvolvida aqui no Brasil", comenta Rodrigo Figueiredo, vice-Presidente de Sustentabilidade e Suprimentos da Ambev.


O objetivo dessa parceria é somar forças para viabilizar a utilização da propulsão elétrica na distribuição urbana de produtos e criar um benchmarking em sustentabilidade para o mercado logístico global, contemplando a operação do caminhão VW e-Delivery e seu abastecimento por meio de fontes de energia sustentáveis.


Além de ser o primeiro caminhão leve 100% elétrico da América Latina com zero emissão de C02, o e-Delivery traz soluções de última geração para logística verde, como sistemas inteligentes para ajustar a demanda da bateria conforme a operação e para recuperar a energia da frenagem. Os caminhões podem chegar a uma autonomia de até 200 quilômetros, de acordo com a aplicação e a configuração do veículo. A Scania é pioneira em revelar o seu DNA ao transporte verde.


"A sustentabilidade não tem volta e o gás é a solução aqui e agora", diz Roberto Barrai, vice-Presidente das Operações Comerciais da Sca- nia no Brasil. Para se ter uma ideia , a Scania chega ao volume histórico de 50 caminhões movidos a GNV e/ou biometano vendidos no País, um ano após a abertura do recebimento das encomendas. Uma parte dos veículos já entrou em operação, outra ainda será entregue e a solução continua a chamar a atenção de embarcadores e transportadores de todos os tamanhos.


Os 50 caminhões foram comercializados para transportadoras que atendem a embarcadores de diferentes indústrias, desde cosméticos a alimentos, como L"Oréal, PepsiCo, Unilever e Carrefour. "Os embarcadores que demandam essa alternativa ao diesel têm compromissos públicos com a sustentabilidade e o transportador sai na frente ao oferecer soluções que correspondam a esta expectativa. É aí que entra a parceria com a Scania. Nós estamos liderando esta transformação e apoiamos os clientes com soluções rentáveis que contribuem com a sustentabilidade nos âmbitos econômico, ambiental e social", diz Barrai.


"Estamos falando com vários transportadores interessados no caminhão a gás, especialmente empresas da região Nordeste", afirmou, dizendo que não podia ainda revelar os nomes. "É certo que no início de 2021 vamos ultrapassar os 100 caminhões a gás vendidos", completou Silvio Munhoz, diretor de Vendas de Soluções da Scania no Brasil.


A dependência 100% ao diesel é impossível para melhorar o planeta. A Scania não acredita numa matriz de combustível única. A fabricante dispõe de uma série de opções ao fóssil. A eletrificação é o futuro, sem dúvida, mas existem etapas até esta realidade. "No Brasil, o caminho viável, o "Aqui e Agora", devido ao seu potencial de redução de consumo e de emissão de C02, até a chegada da eletrificação é a linha movida a gás natural e/ou biometano. Outros dois integrantes desse conjunto são a Nova Geração de caminhões Scania (que reduz em até 15% o consumo de combustível) e a conectividade, que por meio dos Serviços Conectados traz a mais completa gestão inteligente dos dados da operação do cliente", completa Barrai. Uma nova venda histórica foi fechada. "A TransMaroni comprou 11 caminhões R 410 6x2 a gás, e se tornou a transportadora a adquirir o maior lote até o momento. As conversas começaram na Fena-tran e amadureceram ao longo dos meses. Trata-se de um grupo com muita visão de futuro e de ações concretas de sustentabilidade", salienta Munhoz. "Vale a pena reforçar que a empresa que comprou o maior volume ainda é a PepsiCo, com 18 unidades do G 340 4x2, que terão rotas por todo o país", conta. A parceria com a PepsiCo, uma das líderes mundiais no segmento de alimentos e bebidas, foi anunciada em junho de 2020.


Quem também já obteve mais caminhões sustentáveis foi a Jomed LOG. A empresa, que recebeu junto com a RN suas duas primeiras unidades do mercado nacional, em maio, encomendou mais três após registrar os resultados na operação de transferência de itens da L"Oréal.


A L"Oréal inspirou outras duas transportadoras que prestam serviço para a marca francesa de cosméticos, a CCL (acaba de fechar um caminhão a gás - P 340 4x2) e a Coopercarga (SC), com uma unidade do R 410 6x2. A Unilever terá três caminhões mais sustentáveis levando sua carga. As aquisições foram pelas transportadoras Transtassi (dois R 410 6X2) e Carsten (um R 410 6X2). A conta dos 50 caminhões movidos a GNV e/ou biometano fecha com a venda já anunciada de um modelo ao Grupo Charrua (RS), e de outras três que ainda não autorizaram a divulgação do negócio.


Também foi a inspiração para atender a crescente demanda de transporte mais sustentável pedida pelos embarcadores que atende um dos motivos decisivos que levaram a TransMaroni a investir na tecnologia da Scania, mesmo em tempos de pandemia.


Do lote de 11 da TransMaroni, dois modelos foram entregues e já estão em operação. Um no transporte de carne para a JBS e o outro na entrega de produtos do Centro de Distribuição do Carrefour, em São Paulo, para as lojas do grupo. Quando todos estiverem entregues outros embarcadores entrarão no sistema mais sustentável, dentre eles a Unilever.


"A Scania é o nosso maior parceiro no transporte. Já entrega um caminhão que consome muito menos combustível e isso, por si só, o torna mais sustentável do que os outros do mercado. Agora, trouxe o modelo a gás, que é ainda mais sustentável. Estamos crendo nesse propósito junto com a marca. Investimos nesta compra porque acreditamos no futuro", explica Gustavo Maroni, diretor operacional na TransMaroni Transportes.


A Volvo nasceu sob os fundamentos da sustentabilidade, ao proclamar, logo nos primeiros anos de sua fundação, os conceitos de qualidade, segurança e respeito ao meio ambiente incorporados aos seus produtos. Ao longo desses mais de 90 anos, a marca tem sido pioneira em uma variada série de soluções veiculares sustentáveis, muito antes de o mercado exigir inovações ambientaImente corretas.


"Nossos engenheiros e técnicos desenvolveram e continuam desenvolvendo inúmeras novas tecnologias, com o objetivo atual, futuro e gradativo de substituição de motores movidos a combustíveis fósseis. Acreditamos, no entanto, que a combustão a diesel ainda permanecerá por algum tempo como a solução técnica, econômica e ambientalmente mais viável para o transportador, mundial e localmente", diz Alan Holzmann, diretor de Estratégia de Produto de Caminhão da Volvo.


Isto porque a engenharia da Volvo tem trabalhado e investido fortemente no desenvolvimento de motores a diesel de alta eficiência. Eles vêm sendo introduzidos em nossos caminhões com grande sucesso, seja do ponto de vista da sustentabilidade, seja na eficiência operacional. A combustão está cada vez mais evoluída e as tecnologias cada vez mais aprimoradas, com projetos de modernização que a tornam mais moderna e com menor impacto ambiental.


Um exemplo dessas inovações é a Aceleração Inteligente, um avanço lançado recentemente que possibilitou ao FH ficar até 10% ma is econômico em relação ao modelo anterior e, portanto, com menos emissões de poluentes. Os algoritmos desenvolvidos pelos engenheiros identificam a necessidade real de torque e potência conforme a topografia e a carga, controlando a injeção de combustível de forma ultra precisa para reduzir o consumo. Um novo software de motor, combinado com novos componentes internos e um lubrificante mais avançado reduziram ainda mais os custos operacionais. O FH com a Aceleração Inteligente é um sucesso e é atualmente o caminhão pesado mais vendido no Brasil.


A Volvo já está comercializando caminhões elétricos dos modelos FL e FE para transporte urbano em alguns mercados da Europa, para atender a uma demanda crescente por veículos de carga sustentáveis em ambientes urbanos. Eles têm um PBT (Peso Bruto Total) de 16 toneladas (FL) e de 27 toneladas (FE), ideais para operações dentro de cidades, sem ruídos e sem emissões de gases.


A Volvo também mostrou recentemente na Europa os caminhões--conceito elétricos pesados, destinados exclusivamente para a construção civil e o transporte regional. Por causa da ausência de ruído, estes caminhões podem também rodar em horários estendidos durante o dia, abrindo novas possibilidades para obras em grande escala e também para o transporte dentro e no entorno das cidades. Segundo Alan Holzmann além disso, lançamos um teste de caminhões pesados elétricos nos Estados Unidos, desenvolvidos especialmente para aquele país. As novas tecnologias de eletromobilidade da Volvo foram integradas no caminhão VNR, modelo produzido e comercializado exclusivamente no mercado norte-americano. Os caminhões Volvo VNR Elétrico foram colocados em operações comerciais reais em duas das principais transportadoras da Califórnia. Este veículo poderá se tornar o modelo ideal nos EUA para curtas distâncias e trajetos regionais em distribuição urbana pesada, transporte de contêineres e outras aplicações nas quais caminhões elétricos estão sendo incentivados pelas autoridades locais.


"No Brasil ainda temos desafios a superar, como o desenvolvimento da infraestrutura de recarga e de uma indústria de base de produção de baterias e componentes. Acompanhamos estes desenvolvimentos atentamente para que, no momento correto, possamos oferecer produtos que sejam adequados às condições de uso locais e com o custo que torne esta nova tecnologia economicamente atraente para o transportador, além do apelo ambiental," explica Alan Holzmann.


Alan Holzmann explica que em relação à eletrificação, podemos dizer que o Brasil é um país com grande vocação para geração de energia limpa e renovável. Nossa matriz já é bastante limpa com grande participação de geração por hidroelétricas e geradores eólicos, além de ter uma insolação excelente, com potencial imenso de geração de energia solar. "Segmentos como o sucroalcoo-leiro, com potencial de produção de biogás por biodigestores ou pela geração de energia pela queima de resíduos, e o de mineração, por exemplo, são grandes potenciais produtores de energia e buscam alternativas para a utilização da energia excedente. Acreditamos que logo veremos condições apropriadas para utilização de veículos elétricos em diversos segmentos. Para sua larga utilização, porém, ainda carecemos do desenvolvimento de uma infraestrutura de distribuição e desenvolvimento de condições para a produção local de componentes, o que possibilitaria a produção de veículos economicamente viáveis",


Veículo: REVISTA CAMINHONEIRO Editoria: CAPA Tipo notícia: Matéria Data: 30/11/2020 Autor: Graziela Potenza

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