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Pessimismo no mercado

Diante do agravamento da pandemia de covid-19, da alta da inflação e da indefinição do Orçamento, o mercado financeiro piorou as expectativas para os principais indicadores econômicos brasileiros. Segundo o Boletim Focus, o mercado já espera, por exemplo, a inflação batendo 4,85% e a taxa básica de juros (Selic) subindo a 5,25% até o fim do ano.


No Boletim Focus desta semana, divulgado ontem pelo Banco Central (BC), os economistas do mercado financeiro elevaram de 4,81% para 4,85% a expectativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2021. A revisão reflete a preocupação com a alta da inflação, que vem sendo pressionada pelo aumento dos combustíveis e do dólar.


Por conta dessas altas, o mercado financeiro também revisou para cima a projeção da taxa básica de juros. Agora, a expectativa é que a Selic chegue a 5,25% e não a 5% até o fim do ano. A Selic subiu de 2% para 2,75% no mês passado por conta da pressão dos preços. O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC já indicou que a taxa básica de juros deve sofrer outra alta de 0,75 ponto percentual na próxima reunião do Copom, em maio.


A diretoria do BC, no entanto, tem lembrado que o cenário básico do Copom pode mudar e que riscos fiscais podem intensificar a alta dos juros. Ontem, por exemplo, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, voltou a defender a responsabilidade fiscal. "Chegamos a um momento do enfrentamento à pandemia em que é preciso passar a mensagem de austeridade fiscal, de seriedade fiscal", afirmou Campos Neto, na Conferência Iberoamericana de Bancos Centrais, promovida pelo Banco da Espanha.


Alguns economistas projetam uma subida mais forte da Selic. O economista-chefe da Necton Investimentos, André Perfeito, acredita que a taxa básica de juros vai subir para 3,75% na próxima reunião do Copom.

Veículo: CORREIO BRAZILIENSE - DF Editoria: ECONOMIA Tipo notícia: Matéria Data: 13/04/2021

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