Provado: Seguradoras de carro usam peças falsas e aplicam golpes
As seguradoras são o suporte do consumidor que muitas vezes é a salvação, seja em caso de acidente, roubo, furto ou simplesmente problemas mecânicos.
No entanto, nos casos em que a manutenção precisará ser feita no carro, o cliente acaba saindo no prejuízo com peças falsas e viram vítimas de golpes.
De acordo com o Jornal da Noite, da TV Bandeirantes, casos foram relatados e investigados, chegando-se a conclusão de fraudes com consulta a perito, que atestou o golpe praticado.
Segundo denúncias de ex-funcionários de algumas seguradoras, há um esquema em que peças falsificadas são colocadas nos carros segurados após a compra destas em oficinais que as vendiam como se fossem genuínas.
Um dos relatos é de um ex-funcionário de oficina, que relatou como funcionava o trabalho de falsificação: “Esperava chegar para ver a marca ‘made in china’ e ia fazer raspagem da peça com a lixa. O passo seguinte é fazer o polimento dela. E jogava jato de tinta da cor da mesma peça”.
No flagrante, um condensador de ar condicionado teve sua origem chinesa apagada e feito um novo acabamento sobre a peça, repintada.
Outras peças e componentes automotivos também são falsificados, como radiadores, em que os adesivos de grandes distribuidores são adulterados e muitos possuem o mesmo número de série.
Outro denunciante anônimo, também ex-funcionário da mesma empresa, comentou: “A falsificação era muito boa. A peça ficava perfeita. Quem não conhecia a peça fala que é uma peça original, uma peça genuína”.
No esquema, as seguradoras compravam por um preço bem abaixo do preço das originais, como um condensador de ar condicionado, que falsificado custava R$ 900, enquanto um genuíno sai por R$ 2.600.
O lucro para oficinais e seguradoras era garantido, enquanto os clientes ficavam no prejuízo por imaginarem peças genuínas, pagando assim valores de franquia como tal.
Paloma Mateus de Sousa descobriu que seu carro recém-adquirido havia sido batido e que havia nele peça falsa, atestada por um perito judicial e um engenheiro automotivo.
Já as seguradoras dizem que seguem a lei e recomendam sempre o uso de peças genuínas.