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Financiamento de veículos soma R$ 510 bi em 2025

  • Automotive Business
  • 22 de ago.
  • 2 min de leitura

Levantamento da Anef aponta alta no saldo das carteiras, mas liberação de recursos se manteve estável


Fonte: Automotive Business


O saldo total das carteiras de financiamento de veículos atingiu R$ 510,8 bilhões no primeiro semestre de 2025, o que representa alta em relação a igual período de 2024. Já o total de recursos liberados pelos bancos das montadoras ficou estável na mesma base de comparação.


Os dados são da Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef). Segundo a entidade, os R$ 510,8 bilhões se saldo nas carteiras nos seis primeiros meses do ano significa alta de 13,4% na comparação com a metade inicial de 2024.


Já o total de recursos liberados pelas instituições para o financiamento de veículos se manteve estável. No primeiro semestre de 2025 foram R$ 127,4 bilhões, ante R$ 127,3 bilhões do mesmo recorte do ano anterior.


CDC é o modelo preferido no financiamento de veículos


O Crédito Direto ao Consumidor (CDC) continua como a modalidade com maior representatividade no financiamento de veículos. Só este modelo reuniu R$ 126,5 bilhões em recursos liberados.


A taxa de inadimplência, acima de 90 dias, para pessoa física, variou menos de um ponto percentual, com 6,3%. Para pessoa jurídica, permaneceu em 3%.


Para a Anef, dentro de um contexto com juros elevados, com a taxa Selic no seu maior patamar desde 2006, o segmento se mostra resiliente.


“Diante de um primeiro semestre marcado por instabilidade econômica e incertezas fiscais, o mercado de financiamento de veículos entra no segundo semestre com projeções cautelosas. A manutenção do volume de crédito indica uma resiliência importante”, acredita Enilson Sales, presidente da associação.


Consumidores optam por compras à vista

Cautela reflexo do próprio mercado. Segundo a Anef, no primeiro semestre houve uma mudança de comportamento entre os consumidores, com leve aumento nas compras à vista em todos os segmentos.


Em veículos leves, a participação de vendas à vista aumentou de 50% para 52%, enquanto o financiamento caiu de 46% para 43% e o consórcio aumentou de 4% para 5%.


No setor de caminhões e ônibus, os pagamentos à vista saltaram de 25% para 33%. O financiamento recuou pouco (40% para 39%), o Finame teve queda significativa (31% para 20%) e o consórcio cresceu de 4% para 7%. O leasing teve 1% de participação.


Entre as motocicletas, as vendas à vista passaram de 31% para 36% de representação, enquanto as financiadas caíram de 37% para 32%. O consórcio se manteve nos 32% de participação.


Com este cenário, de juros altos e custo elevado do financiamento de veículos, as projeções para o restante do ano são bastante tímidas.


“Ao mesmo tempo, a volatilidade tributária e o cenário internacional instável adicionam camadas de incerteza à tomada de decisão de consumidores e empresas. A expectativa é de um desempenho moderado até o fim do ano, com o setor apostando em estratégias próprias”, diz Enilson Sales.

 
 
 

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